6 dicas para conduzir uma excelente colheita do milho

Publicado em 17/11/2020 | Atualizado em 31/03/2021

Já estamos no final do ano e estamos cada dia mais próximos da colheita do milho em sua segunda safra, que ocorre em meados de janeiro nas regiões produtoras. Porém, para não sofrer com excessivas perdas de uma produção de meses é preciso tomar alguns cuidados.

Assim, junto com todo o esforço para conquistar um aumento da produtividade por cerca de 180 dias, é preciso também aprimorar o processo de colheita, que deve ser respaldada com muito planejamento, tecnologia e técnica.

Colheita de Milho

Pensando nessa busca pela eficiência durante a colheita do milho sugeridos 6 dicas essenciais que precisam ser consideradas.

Veja quais são essas dicas e saiba como conduzir uma excelente colheita deste grão tão importante para a economia brasileira.

 

Dica 1: Esteja com o planejamento em dia para o momento da colheita do milho

Em sistemas de produção de milho, a colheita é apenas uma etapa de grande importância. Por isso, cabe ao agricultor integrar a colheita ao sistema de produção como um todo e planejar todas as fases com o mesmo cuidado, para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade.

Nesse sentido, várias etapas, desde a implantação da cultura, até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos têm de estar diretamente relacionadas a colheita, pois o planejamento de cada uma delas influencia no sucesso dessa etapa.

Além disso, há a questão do planejamento estratégico da colheita do milho, onde é preciso considerar o tamanho da área, ciclo e variedades da cultura, disponibilidade da mão-de-obra e necessidade de máquinas e silos.

Não esqueça também de calcular as perdas – pois elas irão ocorrer - e tenha em mãos dados reais da sua produção, assim você não terá perdas desagradáveis.

 

Dica 2: Saiba identificar o exato momento para iniciar a colheita

Outro ponto que todo agricultor precisa se preocupar é saber se o milho está realmente pronto para a colheita.

Isso ocorre a partir do ponto de maturação fisiológica, quando cerca de metade dos grãos na espiga apresentam mancha negra no ponto de inserção na espiga, como visto na imagem abaixo:

Milho Pronto para Colheita
Fonte: Campos Verdes

Além disso, a umidade recomendada para colheita do milho pode variar de acordo com o objetivo e a tecnificação de cada produtor!

Se o objetivo for o armazenamento, mas não há tecnologia para o processo de secagem, indica-se colher grãos com umidade em torno de 14%. Mas se há tecnologia, é possível realizar a colheita com umidade maior, de até 28%.

Mas nunca se esqueça: a colheita do milho deve ocorrer assim que possível, logo após o ponto de maturidade, assim o grão não fica sujeito ao ataque de pragas.

 

Dica 3: Muita atenção com a colheita mecanizada do milho

Com produções cada dia mais elevadas, a colheita mecanizada do milho se tornou fator determinante para o sucesso da produção e rentabilidade do negócio. Assim, planejar muito bem a operação de colhedoras é fundamental.

Neste cenário é preciso entender muito bem a velocidade de deslocamento da colhedora durante o trabalho, pois isso está intimamente ligado a capacidade de debulha.

Em velocidades mais excessivas combinadas com baixas rotações do cilindro o produtor terá, além da perda de grãos, o embuchamento da unidade de trilha. Quando há o contrário poderemos ter um maior número de grãos quebrados e de impurezas.

Nesse sentido vale seguir uma dica interessante: A faixa de velocidade de trabalho tende a variar de 4 a 6 km/h, mas na operação de colheita do milho, o trabalho costuma ser medido em toneladas/hora.

Assim, para determinar o aumento ou a diminuição da velocidade, não se deve preocupar com a capacidade de trabalho da colhedora em hectares/hora, e sim verificar se os níveis toleráveis de perdas de 1,5 sacos/ha são mantidos.

Demais regulagens também são essenciais, pois estas têm relação direta com a eficiência da colheita, caso contrário o agricultor pode ter expressivas perdas nesta etapa.

Assim, a velocidade e posição do molinete, em relação a velocidade da máquina, a rotação do cilindro trilhador e a regulagem do rolo espigador, das peneiras e do ventilador são pontos que merecem maior atenção.

 

Dica 4: Vai chover? Então melhor postergar a colheita do milho

Assim como ocorre com a grande maioria das culturas agrícolas é fundamental acompanhar as condições climáticas desse importante momento.

A nossa quarta dica é: Se chover não faça a colheita do milho, pois o desempenho das máquinas tende a ficar bastante comprometido e há o aumento excessivo da umidade dos grãos, resultando em perdas de produtividade.

Não acompanhar as condições climáticas pode gerar uma enorme dor de cabeça não só pelo prejuízo do atraso da execução da colheita, mas também pela necessidade de nova programação e adequação no planejamento, principalmente quanto ao uso de maquinários e mão-de-obra.

Para não passar por esse problema, vale adotar um aplicativo que ofereça um suporte mais completo de toda a análise meteorológica para aumentar a precisão da operação.

Com os mapas de chuva em mãos, será possível saber quando e quanto choverá em cada parte da fazenda, permitindo planejar atividades futuras e entender melhor os resultados atingidos.

 

Dica 5: Adote medidas relacionadas à agricultura de precisão

A Agricultura de Precisão (AP) é uma tecnologia cada vez mais adotada no campo, sendo utilizada no manejo de solos, culturas e insumos e claro, no momento da colheita, por isso investir em AP é essencial nessa importante etapa.

Software Agrícola

Através do mapeamento da colheita proporcionado pela agricultura de precisão, o agricultor consegue:

  • Armazenar informações relativas à produtividade;
  • Identificar zonas de baixo potencial produtivo;
  • Criar um histórico de mapas de colheita, assim como coletar dados sobre umidade, elevação, velocidade de colheita e perdas de grãos;
  • Fazer o georreferenciamento de uma grande quantidade de dados coletados adicionando as características da safra colhida;
  • Tomar decisões mais fundamentadas e assertivas sobre a colheita do milho.

Com essas informações, o agricultor conseguirá identificar as áreas da lavoura que melhor respondem à melhor gestão da tecnologia, sempre com o objetivo de alcançar a máxima produtividade.

 

Dica 6: Adote um bom software de gestão e administração agrícola

Como vimos, a colheita é um processo que exige melhor planejamento de vários processos que se complementam e são dependentes um do outro.

Por isso, a nossa última dica para que a colheita do milho seja a melhor possível está relacionada ao uso de um bom software de gestão e administração agrícola que permita melhor gerenciamento de todo o processo de produção.

Além de contribuir com a obtenção de dados, tabulando-os e os transformando em informação, o software agrícola apresenta grande facilidade de uso, além de fornecer melhores análises sobre a colheita do milho.

Assim, algumas são as vantagens de utilizar um software agrícola para a gestão da sua propriedade, essencialmente no processo de colheita dos grãos:

  • Praticidade para registrar informações, com maior assertividade;
  • Redução de perdas de dados agrícolas;
  • Facilidade na administração de custos durante esta etapa;
  • Visualização de gráficos e indicadores de produtividade e lucratividade;
  • Rapidez no acesso das informações armazenadas.

Neste sentido, o CHBAGRO pode ser seu grande aliado na gestão da sua colheita. Esse é o primeiro software de gestão agrícola em nuvem no Brasil, com a experiência necessária para um sistema de produção mais eficiente e lucrativo.

Quando você lança uma nota fiscal de compra, automaticamente o sistema gera uma despesa no módulo financeiro e adiciona um insumo em seu estoque.

Assim, a medida em que o operador agrícola aplica estes insumos em sua lavoura, o CHBAGRO automaticamente realiza todos os cálculos necessários para lhe informar quanto, de fato, custou cada fazenda e talhão.

Esse sistema é baseado em mais de 70.000 programas, com dados de mais de 600 fazendas em todo Brasil, permitindo que o agricultor tenha melhor conexão das áreas operacional e administrativa, fazendo com que a gestão da propriedade seja bastante completa.

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Diego Cruz
Diego Cruz
Sou Zootecnista (FZEA/USP) e mestre em produção animal sustentável pelo Instituto de Zootecnia. Atualmente sou produtor de conteúdo para a internet.

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