Um dos assuntos mais discutidos nos últimos meses foi o derretimento do valor do real frente ao dólar, com a moeda americana batendo quase R$6,00. Este cenário está deixando os produtores rurais apreensivos com relação ao futuro dos preços dos insumos agrícolas.
Os valores dos insumos agrícolas são naturalmente reajustados com a alta do dólar frente ao real, o que complicará a questão financeira da atividade.
Por outro lado, a alta do dólar tende a favorecer o setor, que tem por característica exportar bastante e importar pouco.
Dessa forma, na atividade agropecuária, a cotação da moeda americana faz toda a diferença no planejamento da atividade, modificando custos de produção e remuneração do produtor.
Para enfrentar esse período o empresário rural brasileiro precisa, cada vez mais, investir na sua capacidade de gestão, permitindo que ele seja mais assertivo nas tomadas de decisão.
A alta do dólar favorece o agronegócio, mas quem compra insumos agrícolas terá problemas!
Quando o assunto é valorização cambial, há um consenso quase geral entre analistas econômicos: a desvalorização do real frente ao dólar dos últimos meses fertiliza o agronegócio brasileiro.
Com o preço do dólar em alta, as receitas geradas pelas vendas dos produtos ao mercado externo aumentam e, como consequência, melhoram a remuneração do exportador, a balança comercial e a formação do PIB Agro e do Brasil.
Cenário animador, não é verdade?
Porém, toda boa regra traz exceções, a elevação do dólar que favorece uns, prejudica outros.
Na lista dos prejudicados temos os importadores de mercadorias, agricultores que compram produtos precificados em dólar no mercado interno (como insumos agrícolas) e empresas com dívidas em moeda estrangeira.
Alta do dólar: quem ganha e quem perde?
Baseado em grande parte nas exportações, o agronegócio é um dos setores mais importantes da economia brasileira, contribuindo com mais de 21% do PIB do país, mas é também um dos setores mais impactados por essas variações na economia.
A valorização do dólar frente ao real pode repercutir nesse setor de diversas formas.
Por um lado, quando pensamos nas commodities, que têm um vasto mercado internacional e, por isso, grande parte de sua produção é para exportação, casos de café e soja, a desvalorização do real veio em boa hora, já que facilita a comercialização fora do Brasil.
Nos últimos anos, os exportadores desses produtos observaram uma ascensão nos preços, trazendo maiores ganhos ao produtor brasileiro, porém a enorme produção de soja nos Estados Unidos fez com que o valor das commodities caísse vertiginosamente.
A atual valorização da moeda americana pode compensar agora parte dessa diferença e permitir que, com o câmbio, as vendas sejam lucrativas ao transformar os valores em reais.
Por outro lado, a elevação da taxa de câmbio por muito tempo acaba tendo que ser repassada para os custos, ou seja, ao comprar insumos agrícolas mais caros, naturalmente a produção também se torna mais onerosa.
Essa variação pode impactar mais fortemente produtos que têm exportação limitada e mercado internacional mais restrito.
Volatilidade do câmbio: falta de previsibilidade é o maior problema
Mesmo que seja positiva para alguns setores e negativa para outros, a desvalorização do real é sim motivo de muita preocupação.
Mesmo aqueles setores historicamente beneficiados pela desvalorização do real estão se sentindo desconfortáveis com a volatilidade da moeda.
Estes setores dizem que melhor do que dólar alto é ter um câmbio mais estável.
Podemos tomar como exemplo o mercado de proteína animal do país. Atualmente, o Brasil vende aves, carnes suína e bovina para mais de 160 países, porém a falta de previsibilidade da variação do dólar afeta o planejamento das empresas.
A maioria dos custos deste setor está relacionada aos grãos. Estes têm preços estabelecidos no mercado internacional. Quando o preço da moeda americana sobe, os preços em reais também se elevam como o caso do milho e do farelo de soja, corroendo parte dos resultados.
Além disso, mesmo aquelas empresas que atuam em hedge natural, onde a quantidade importada é equivalente à exportada, os riscos também preocupam.
Com o Hedge a balança parece equilibrada, mas não é bem assim porque essas ações não acontecem ao mesmo tempo. Enquanto as empresas compram insumos no primeiro semestre, elas vendem em torno de 80% dos produtos no segundo semestre.
Entre indas e vindas do dólar, uma coisa é certa: o produtor brasileiro precisa mirar no futuro e trabalha intensamente para continuar alimentando o mundo.
Planejamento: Essencial para não ter surpresas desagradáveis
Diante do cenário atual, com elevação do dólar, pandemia e tensão econômica, o primeiro item da lista de qualquer empresa do agronegócio é saber lidar com o risco cambial, tanto na compra de insumos agrícolas quanto na venda dos produtos.
Para isso, um planejamento rápido e consistente na compra de insumos agrícolas e venda de produtos é fator de sobrevivência para o agronegócio nesse momento de instabilidade.
Para conquistar isso, o empresário rural deve desdobrar seu planejamento estratégico no nível tático e operacional. Com isso ele conseguirá gerenciar suas ações e metas de curto, médio e longo prazos, estabelecendo formas para mensurá-lo.
Ter uma gestão operacional bem estruturada será o que vai definir se os resultados serão positivos ou negativos.
Na gestão operacional, é necessária a mobilização de ferramentas nas diversas áreas da empresa, como administrativa, financeira, tecnologia da informação (TI), recursos humanos, cadeia de fornecimento, contabilidade, marketing e produção.
Mas como gerenciar tantos dados e informações ajudarão o empresário a entender os efeitos, positivos e negativos, da alta do dólar na compra de insumos e venda de produtos?
Realmente essa gestão é complexa, mas a utilização de um bom software de gestão agrícola será essencial!
Um bom software de gestão agrícola irá ajudar o empresário rural a cuidar de todas as atividades dentro do processo de produção, desde a gestão do melhor uso de insumos agrícolas, até a gestão econômica.
Este tipo de software tem como principal objetivo facilitar as tarefas do dia a dia do gerenciamento do agronegócio, automatizando o máximo de processos e facilitando as tomadas de decisão.
Dessa forma, para uma gestão eficiente do agronegócio e para entender os efeitos da alta do dólar nos preços de insumos agrícolas, é importante o uso de um software de gestão agrícola específico para fazendas, como é o caso do CHBAGRO.
O CHBAGRO é baseado em mais de 70.000 programas e dados de mais de 600 fazendas em todo Brasil e visa conectar as áreas operacional e administrativa de sua fazenda resultando em um controle financeiro muito mais eficiente.
Quando você lança uma nota fiscal de compra, por exemplo, automaticamente o sistema gera uma despesa no módulo financeiro e adiciona um insumo em seu estoque.
Na medida em que o operador agrícola aplica estes insumos em sua lavoura, o CHBAGRO realiza todos os cálculos necessários para lhe informar quanto, de fato, custou cada fazenda e talhão.
Conclusão
A alta do dólar é uma das consequências da atual tensão global. E o agronegócio brasileiro é naturalmente afetado, tanto do lado positivo quanto negativo.
Do ponto de vista positivo temos a valorização das commodities no mercado internacional, por outro lado há uma forte tendência de elevação dos preços de insumos agrícolas, complicando as contas do empresário rural.
Para enfrentar esse cenário é essencial que o empresário saiba lidar com a variação cambial e um planejamento muito bem feito será fundamental. Para isso vale adotar um software de gestão agrícola, como o CHBAGRO.
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