Controle Agrícola. Como administrar os custos de sua fazenda

Publicado em 02/03/2020 | Atualizado em 29/03/2021

A noção de gestão no campo aliado ao controle agrícola tem ganhado fôlego com o aumento da visão dos empreendimentos rurais enquanto empresas rurais. Diante disso e da crescente internacionalização da economia rural brasileira, parâmetros que antes eram exclusivos de outros setores passaram a fazer parte do dia-a-dia do produtor rural.

controle agrícola

Apesar disso, da mesma forma que o restante da economia brasileira, a produção rural apresenta perfis muito diversos. Fatores regionais, culturais, setoriais e de conhecimento técnico influenciam – e muito – na competitividade da empresa rural. Porém, o uso dos conceitos de gestão e controle agrícola ainda é reduzido em propriedades rurais.

Uma das consequências disso é a fragilização da empresa rural como consequência de um endividamento maior do que a mesma seria capaz de suportar, o que significa que resultados negativos inesperados podem levá-la à falência. 

Em outras palavras, ao não conhecer a estrutura administrativa e não ter o controle agrícola, o gestor rural pode cometer erros de decisão que podem se tornar irreversíveis no médio e longo prazos. Veja no post a seguir como três passos simples de gestão podem reduzir muito as complicações do dia a dia nas fazendas.


Planejamento e o controle agrícola

A agropecuária, como qualquer outra atividade econômica, precisa ser planejada. Quase todo mundo conhece a velha máxima da gestão: "aquilo que não se controla não se gerencia". 

Diferente de outros projetos, no entanto, as incertezas e riscos que envolvem as tomadas de decisão no meio rural são bem maiores maiores. Fatores como a sazonalidade, a perecibilidade e os riscos climáticos (incertezas) tornam o planejamento da gestão o campo indispensável.

Planejamento, nesse sentido, é um processo de decisão antecipada com o intuito de atingir um objetivo. Seu principal instrumento é um plano de ação. Em linhas gerais, o planejamento tem as seguintes dimensões:

  • Contexto (justificativas, premissas e diagnósticos);

  • Objetivos e metas;

  • Atividades e produtos;

  • Prazos.

O que o planejamento da gestão no campo faz, portanto, é reduzir significativamente os riscos. Isto ocorre porque planejar requer a pesquisa detalhada a respeito da atividade a ser desenvolvida. Isto é, o plano de ação funciona como um mapa, cujo papel é permitir a manutenção e adaptação da empresa aos diferentes cenários econômicos futuros.

Neste caso, as dimensões que devem ser levadas em conta para esse planejamento são os fatores de produção agrícola:

  • Terra

  • Trabalho

  • Capital

  • Negócios

Ao fazer o planejamento da empresa rural, o gestor estará se antecipando às inúmeras incertezas e riscos do mercado. Estando bem informado, ele poderá realizar um bom controle agrícola de seus fatores de produção. Ou seja, terá agilidade em seu processo de tomada de decisões gerenciais, administrativas e financeiras. 


Controle agrícola e a gestão financeira

Antes de tudo, a unidade de produção precisa de recursos financeiros para poder comprar os insumos (sementes, animais, ração, defensivos, etc.) e adquirir os meios de produção (tratores, terras, etc.). Além disso, há todo aparato de gestão, tais como contratação de mão de obra, construção e manutenção de benfeitorias, entre outras atividades diárias. Ou seja, a fazenda precisa de dinheiro para poder operar.

Apesar de sua importância, há poucas empresas rurais brasileiras que de fato conhecem a estrutura financeira de seu negócio. É comum que os gestores desconheçam se a empresa é de fato lucrativa ou se é apenas uma atividade que sustenta a si mesma. 

No entanto, ao conhecerem as entradas e saídas financeiras de suas operações, as fazendas ganham maior controle agrícola e sustentabilidade financeira da empresa. Com isso, a fazenda terá muito mais chance de prosperar e conseguir expandir-se.

Do mesmo modo que em indústrias, a gestão de custos na empresa rural inclui dois aspectos fundamentais: processo de produção e atividades comerciais – ou o que se conhece como “dentro da porteira” e “fora da porteira”. As decisões internas não estão separadas do que ocorre externamente à porteira. 

Porém, essa relação só é nítida quando se realizam processos de controle de entradas e saídas, tais como fluxo de caixa. 

Assim, o controle de entradas e saídas funciona como um “termômetro” dos resultados da empresa rural. Com essas informações, o gestor pode conhecer melhor seu papel no mercado e tomar decisões coerentes com a estratégia da empresa.


Análise de mercado e controle agrícola

Com a expansão da visibilidade dos resultados do agronegócio no Brasil, muitos investidores e produtores acabam se interessando por culturas que estão sendo lucrativas em dado momento. Porém, o mercado do agronegócio no Brasil tem suas particularidades. 

Da mesma forma que em outras atividades econômicas, o conhecimento profundo sobre o mercado em que se pretende ingressar é essencial. Neste caso, cada cultura terá suas características, que também irão variar de região para região.

Nem sempre o mercado que aparece na mídia como tendo excelentes resultados será um bom investimento para o perfil de determinada empresa rural. Por exemplo, um produtor de café convencional se arrependa de ingressar no mercado de cafés orgânicos porque a logística na região onde está sua produção inviabiliza o projeto.

Se ele não tiver realizado o planejamento dessa migração de mercado, pode ser que ele não consiga retornar ao convencional, levando sua empresa à falência.


Centralização e gestão rural

Por fim, uma excelente dica de gerenciamento é centralizar todos os controles agrícolas em uma única ferramenta. Todo gestor rural sabe a quantidade de informações que devem ser gerenciadas em sua fazenda. E mais: cada setor precisa adotar suas próprias ferramentas de gestão. Para o gerente geral, isso pode se tornar um pesadelo.

Dessa forma, a melhor saída é adotar um sistema centralizado de gestão, que permita ao administrador rural a visualização clara e instantânea da situação de cada frente de trabalho em sua fazenda.

Assim, o controle agrícola começa com o planejamento das diversas dimensões da fazenda. Nesse sentido, o planejamento deve abranger os meios de produção, as finanças e as análises de mercado.

Como consequência, ao conhecer a estrutura financeira e de custos assim como saber como funciona o mercado em que se pretende atuar, a empresa rural ganha competitividade e robustez diante do mercado agro.

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Fernanda Desimon
Fernanda Desimon
Sou Engenheira Florestal pela Universidade Federal do Paraná e Pós Graduada em Recuperação de Áreas Degradadas pela Universidade Federal de Viçosa.

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