Novas projeções do Instituto de Pesquisa Internacional da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, indicam que o fenômeno La Niña está se mostrando mais forte, com seus efeitos podendo ser sentidos até abril de 2021.
Tal fato poderá impactar as condições climáticas para o milho segunda safra no Brasil.
De acordo com a Somar Meteorologia, os efeitos deste fenômeno já são sentidos por muitos produtores e continuarão a ser sentidos no trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021.
Diante deste cenário atípico é preciso entender quais são os efeitos do La Niña na produção do milho e quais são as medidas para, ao menos, reduzir seus efeitos.
Entenda o que é o La Niña, veja quais são seus efeitos na produção de milho e saiba quais são as estratégias para que o produtor não sofra com a queda (e até a quebra) de produção de sua lavoura.
Fenômeno La Niña: entenda o que é
O La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao amplamente já conhecido El Niño, ou seja, o La Niña caracteriza-se pelo resfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, como já explicamos de forma mais específica anteriormente.
Diante disso você até pode afirmar: se o La Niña é o oposto do El Niño, então, por consequência, os efeitos são exatamente opostos! Mas não é bem assim.
Em episódios de La Niña os ventos de superfície em todo Pacífico Equatorial são mais fortes que o normal, causando o resfriamento da maior parte dessa região do oceano.
Assim como o El Niño, esse fenômeno perturba os padrões de circulação atmosférica, modificando a temperatura e a precipitação em várias regiões do mundo.
Assim, os movimentos atmosféricos fazem com que o Pacífico Ocidental, Indonésia e Austrália passam a ter grande quantidade de chuva, já na região centro-leste do Oceano Pacífico os movimentos descendentes do ar inibem a formação de nuvens.
Especificamente para o Brasil, o La Niña é caracterizado pelos seguintes eventos:
- Região Norte: Aumentos na intensidade da estação chuvosa na Amazônia, ocasionando cheias expressivas de alguns rios da região;
- Região Nordeste: Chuvas acima da média, justificando enchentes no litoral nordestino;
- Região Centro-Oeste: Não há efeitos pronunciados nas chuvas e na temperatura nessa região, mas há tendências de estiagem;
- Região Sudeste: Não há padrão característico de mudança das chuvas e nem na temperatura;
- Região Sul: Estiagem em toda região, principalmente no inverno.
Além disso, o mapa abaixo mostra muito bem a comparação entre efeitos do El Niño e do La Niña de forma bastante simplificada.
Fonte: Revista Globo Rural
Mas e se fomos especificar tais efeitos para a produção de milho no Brasil, quais serão as consequências? Será isso que veremos a seguir.
Consequências do La Niña na produção brasileira de milho
Como vimos no início de nosso texto, as consequências do fenômeno La Niña já estão sendo sentidos pela agricultura, mesmo que o ápice do La Ninã seja registrado somente na virada do ano.
Assim, o atual momento já é considerado um cenário nada vantajoso envolvendo o evento climático, especificamente para a produção de milho. Isso porque as chuvas estão abaixo da média em grande parte das áreas produtoras da safra de verão deste grão.
Futuramente, isso acaba gerando um atraso, o que leva a falta de chuva quando a safrinha ainda não estiver concluída.
Essa condição tende a afetar seriamente a região Sul do Brasil, demandando atenção redobrada de seus produtores, uma vez que pode afetar a produção do milho que está em plantio e tem a expectativa de ser colhido nos próximos meses.
Dicas para não perder parte da produção de lavouras diante desse fenômeno
Como visto até aqui a seca causada pelo La Niña tende a afetar negativamente as plantações de milho, principalmente para a região sul do país.
Tal ocorrência demandará muita atenção por parte do produtor, ou seja, quem investe nesse grão precisa redobrar seus cuidados, tomando decisões com inteligência e sempre tentando se antever aos problemas e aumentar sua produtividade.
Dessa forma, algumas são as ações para que o produtor não perca sua produção, assim apresentadas:
1. Planejamento da lavoura
A primeira e mais importante ação a ser realizada diante desse fenômeno é planejamento da atividade agrícola, ou seja, você deve estar totalmente preparado para realizar o plantio, conduzir a lavoura e concluir a colheita.
Por isso, é preciso ter total conhecimento sobre a região, conhecendo o solo, o clima da região e a variedade de milho adotada.
Neste planejamento podemos exemplificar o caso da região sul, onde, diante do La Niña, algumas mudanças do planejamento são recomendadas:
- Tenha uma janela de plantio maior: permitindo que você tenha mais tempo para encontrar a umidade ideal de plantio;
- Faça a compra de insumos o quanto antes e deixe o maquinário preparado para a semeadura;
- Compre sementes de híbridos que sejam mais tolerantes à seca;
- Espere para comprar defensivos agrícolas que combatem doenças, já que o clima seco tende a ser mais desfavorável para várias doenças;
- Tenha em mãos todo o histórico de safras passadas.
2. Esteja continuamente de olho nas condições climáticas
Para estar sempre à frente de fenômenos climáticos adversos é preciso que você faça um monitoramento constante das condições climáticas (tempo e clima) da sua região, sendo esse um dos temas mais pesquisados por produtores de todo tipo de cultura.
Com isso é possível ter um correto planejamento de todos suas práticas culturais, tais como plantio, aplicação de defensivos, colheita e outros.
3. Proteja sua lavoura das adversidades
Proteger uma lavoura é uma ação importante em qualquer ocasião, mas diante de eventos adversos, como o La Niña, a atenção precisa ser redobrada para a presença de plantas daninhas, pragas e doenças.
Portanto, tenha um histórico de pragas mais recorrentes em sua lavoura e saiba exatamente quais devem ser as estratégias de controle mais eficientes.
4. Tome decisões de forma estratégica e respaldada por informações mais confiáveis
Na ocorrência de fenômenos climáticos adversos, o investimento na produção de milho exige cuidados extras que resultarão na tomada de decisões com maior inteligência.
Neste sentido, dispor da maior quantidade de dados é fator essencial para auxiliar na condução das próximas safras. Essas informações serão de grande valia para auxiliar no planejamento das próximas safras, pois ajudarão no melhor conhecimento do negócio.
Por isso, é essencial que você adote um sistema de gestão que te auxilie a organizar as informações da fazenda e a tomar decisões mais assertivas e estratégicas.
Neste cenário, o CHBAGRO será seu grande aliado.
Este sistema vai te dar uma importante vantagem para que você conquiste maior economia de custos na fazenda e, a partir de seus relatórios, também auxiliará eficientemente nas suas tomadas de decisões, com a propriedade estando ou não diante de um efeito climático adverso.
Através de uma gestão integrada, o CHBAGRO permite que você lance uma nota fiscal de compra, que automaticamente o sistema irá gerar uma despesa no módulo financeiro, além de adicionar um insumo em seu estoque.
Na medida em que o operador agrícola aplica estes insumos em sua lavoura, o CHBAGRO realiza todos os cálculos necessários para lhe informar quanto, de fato, custou cada fazenda e talhão, permitindo controle total das operações.
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